South Park: minha escolha de aquisição em um mês de títulos como Dark Souls II e Titanfall, The Stick of Truth não me deixou, em nenhum momento, arrependido de minha escolha. Bem feito, surpreendente do começo ao fim, e hilário, South Park nos entrega uma experiência digna de RPGs como Skyrim, mas claro, do seu próprio jeito. Uma jornada épica para ser... Maneiro!  Respire fundo.

Review: South Park: The Stick of Truth

Data de Lançamento: 4 de Março

Plataformas: PC, XBOX 360, PS3

Desenvolvedora: Obsidian Enterteinment (Publisher: Ubisoft)

Gênero: RPG

História

Quem controla o Cajado, controla o universo! Com um grande início, e um grande potencial, o mais novo game inspirado na série americana de sucesso South Park tem, com certeza, uma das histórias mais surpreendentes que já vivi. Apesar do característico humor negro e da “zoera sem limites”, o jogo ganha um caráter sério de maneira muito rápida, seja pelo grande universo criado para a brincadeira das crianças, ou à sua inspiradoríssima trilha sonora. Cartman, Kyle, Stan, assim como a maioria dos personagens que cruzam seu caminho durante a aventura tem seus estereótipos muito bem aproveitados, e passam um enorme carisma (o que ajuda muito para aqueles que, assim como eu, nunca assistiram a um episódio de South Park), e é até possível dizer que uma boa conexão emocional é criada em entre o jogador e os integrantes da aventura.

Gameplay

Como todo bom RPG deve ser, South Park oferece um interessante criador de personagem, onde é possível criarmos nosso próprio integrante da série, entretanto, para um grande fã de RGP, as opções parecem limitadas. Com apenas quatro tons de pele, sem customização de olhos (cor, formato...) e etc, o jogador pode se sentir limitado, ainda mais para aqueles acostumados com os maiores nomes do gênero.

Seguindo com as comparações, The Stick of Truth pode parecer limitado na hora da criação, porém definitivamente não fica atrás em número de itens, armas, roupas, remendos (para encantar seus equipamentos), colecionáveis, áreas para explorar e etc. Muitas vezes é impossível ir andando até alguma localidade sem ser atraído por algo brilhando, uma passagem, tesouro, ou uma possível batalha. Tal incentivo à exploração tão bem executado foi outro ponto em que fui muito surpreendido, e não pararia por aí.

Cada batalha é única, impulsionada, ora pela importância na narrativa, ora pela dificuldade (muitas vezes criada pela gigante diferença de PV (Pontos de vida) entre seu personagem e seus oponentes), e quando lhe faltam estes dois aspectos, a música preenchia o vazio.

Entretanto, a sensação durante e após batalhas muitas vezes é de tranquilidade, já que, para um gamer minimamente coordenado, é impossível negar a falta de dificuldade perante o gameplay. (Até mesmo na dificuldade Hardcore, a mais difícil do game). De fato temos partes bem complicadas, entretanto na maior parte das vezes, basta um bom estoque de poções de cura, PP (Para recuperar seus Pontos de Poder, e conseguir executar ataques mais poderosos) e de Ressurreição ([Um taco] Para trazer você, ou seu companheiro de volta à vida) que a maioria dos inimigos será derrotada sem maiores dores de cabeça.

O excesso de Quick-Time Events tanto para defender como atacar, podem frustrar aqueles que odeiam tal mecânica. De fato, às vezes se torna bem repetitivo, porém eu, particularmente, não tive problemas ou frustrações, diferentemente dos frequentes travamentos ou quedas de Frame-Rate, isso definitivamente não passou despercebido.

Gráficos & Áudio

É impossível falar dos pontos positivos de The Stick of Truth sem passar por sua trilha sonora.

Decerto é uma característica marcante do gênero, porém poucas vezes me senti tão movido por uma trilha sonora como em South Park. Enquanto toca no menu principal do game, a trilha, ao mesmo tempo em que te deixa animado para entrar no jogo, te motiva a esperar alguns instantes, largar o controle e aprecia-la. Durante o combate, foi única a sensação de sempre manter as esperanças mesmo à beira da morte, e ser motivado para lutar bravamente até o fim, apenas pela atmosfera criada pela música. Novamente, me surpreendendo.

Os visuais, pelo menos para mim, não eram de encher os olhos. Claro que, para um fã da série, se sentir dentro de um episódio só era possível com a perfeita execução dos gráficos, e foi exatamente o que aconteceu, porém, definitivamente, não é o melhor aspecto que o jogo tem a oferecer.

Conclusões

Com um estilo gráfico e um grande senso de humor, South Park: The Stick of Truth é tudo o que podíamos esperar de um game baseado na série. Respondendo em fidelidade aos descrentes em jogos baseados em seriados ou filmes, The Stick of Truth é carregado justamente pela história, personagens e elementos provenientes da televisão, o que, por um lado enaltece ainda mais os objetivos cumpridos como uma adaptação, mas por outro, evidência a falta de ritmo do gameplay, ao acompanhar os outros elementos, por mais que esteja longe de ser mal executado. Para um fã, um item necessário, para um novo público, a chance de embarcar em South Park.